Para o Homem Álvaro

Neste dia, só a alegria gostaria de te dar,
embrulhada no silêncio que os campos trazem,
com laços de amor.
Gostaria que você pudesse sentir sua ligação
com o universo e sentisse que cada estrela
faz parte do seu corpo.
Que a sua tristeza se transformasse em foguete
e desse uma volta por aí.
Sabe, Homem, quanto mais vivo, mais
perguntas tenho e por isso fica difícil lhe oferecer algo,
mesmo a alegria não sei onde está localizada.
Por isso, gostaria de ofertar a você mesmo,
seu próprio caminho.

De mim, tem meu amor.
Neste dia, pai, nem sei o que lhe dizer…
Esteja vivo.
Parabéns pelo dia dos Pais.

Léo

Poema publicado no livro de poemas, Solidão, do meu pai, Álvaro,
Fernando S/C Ltda., Bauru, SP, 1988.

 

17 comentários em “Para o Homem Álvaro

      1. Poeta, tem algo acontecendo comigo. Os poemas brotam de outro lugar… um processo sereno, profundo, intenso… É bonito e doloroso ao mesmo tempo. Estou com medo (risos). O que será de mim? Acordo de madrugada pensando em poesia…

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      2. Nada acontece. É um processo natural quando temos sensibilidade à superfície. Os sentimentos mais íntimos surgem quando menos pensamos nisso. Não há lugar ou hora para isso.
        Nós apenas temos que saber canalizá-los e escrevê-los.
        Esse sentimento é uma consequência da sua alma poética.
        Um grande abraço e um enorme beijo para você

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      1. Os campos, o silêncio… isso me traz a pampa, o verde dobrando o horizonte, o sol amadurecendo ao fim do dia, a lua olhando pelas frestas das nuvens…saudade dos campos! Muito obrigado pela força, muito importante para mim. O meu abraço.

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