Pensamento

Eu, poeta curioso,
perguntei a um talismã,
qual seria o meu futuro,
sua resposta foi vã,
mandou que eu esperasse,
e consultasse o amanhã.

Compreendi que o futuro,
é o infinito que não vemos,
é um ser imaginário,
e com ele convivemos.
O futuro é, simplesmente,
O presente que vivemos.

 

Álvaro, meu pai, falecido em 2013. Do seu livro de poemas, Solidão, Fernando S/C Ltda., Bauru, SP, 1988.

 

10 comentários em “Pensamento

  1. Com certeza, ele teria muito orgulho de ter um poema (lindo, por sinal) publicado num espaço tão primoroso e bem arquitetado. Sementes de outrora, escondidas na solidão do tempo, mas que nunca vão embora…
    Parabéns aos dois.

    P.s.: Queria uma cópia desse livro…

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