ler estrelas no céu, um corpo, luz
as entrelinhas, um gesto,
um sorriso alegre ou de escárnio
identificar Diadorim assassinada
todos os dias
e ainda cair em prantos
decifrar um poema que conta
a própria dor
e não se sentir só
saber que o livro é um produto,
uma mercadoria,
e ler além.
a mercadoria questionando
o mundo dos negócios
leitura de outro ponto de vista,
povos, cultura,
como se fosse um parente, um amigo, um amor
percorrer uma orquestra
e sentir que,
se a humanidade parasse para ouvir,
guerras cessariam
e a bailarina, contando
sua história em movimentos
curaria nossas feridas
deslizar de mansinho,
com sofreguidão,
páginas e mais páginas
e, quem não tem caderno,
grita nos muros
Léo
…. Ouvidos do outro lado será que ouvem?
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