Cobras cegas são notívagas. O orangotango é profundamente solitário. Macacos também preferem o isolamento. Certas árvores só frutificam de 25 em 25 anos. Andorinhas copulam no voo. O mundo não é o que pensamos.
E vi também o mais triste… A cobra cega ser notivaga, sendo cega, tudo é noite… metáfora para o que está diante de nossos olhos e não queremos enxergar, vivendo sempre na escuridão da noite, buscando proteção do que não podemos ver… Além da solidão dos macacos, descendemos deles… É de se pensar esse poema…
Creio que sua leitura se aproxima de Drummond… ele é triste, né? Eu vejo de outra maneira. Este “o mundo não é o que pensamos” me enche de possibilidades… a quebra do senso comum, das aparências… a amplitude. Acho massa as cobras cegas saírem à noite… sendo que – parece – tanto faz. Acho lindo os macacos, que sempre vemos em bando, gostarem de ser só, da solidão. As árvores prepararem seus frutos por vinte e cinco anos…muda a ideia de tempo, ainda mais num mundo ligeiro como o nosso. E as andorinhas…ah, nossa… você arrematou.
Por isso escolhi aquela foto: um garotinho lindo, segurando um pão maior que ele, com aquele sorriso, correndo… ganhando o mundo… leve…
«Certas árvores só frutificam de 25 em 25 anos.»
De certeza que Drummond estava a falar ali da própria produção poética…
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É?
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Sendo assim, o sexo das andorinhas seria que o gozo eleva a alma às alturas? Rsss
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Rsss… Que massa! Talvez tenha visto o mais belo do poema…
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E vi também o mais triste… A cobra cega ser notivaga, sendo cega, tudo é noite… metáfora para o que está diante de nossos olhos e não queremos enxergar, vivendo sempre na escuridão da noite, buscando proteção do que não podemos ver… Além da solidão dos macacos, descendemos deles… É de se pensar esse poema…
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Creio que sua leitura se aproxima de Drummond… ele é triste, né? Eu vejo de outra maneira. Este “o mundo não é o que pensamos” me enche de possibilidades… a quebra do senso comum, das aparências… a amplitude. Acho massa as cobras cegas saírem à noite… sendo que – parece – tanto faz. Acho lindo os macacos, que sempre vemos em bando, gostarem de ser só, da solidão. As árvores prepararem seus frutos por vinte e cinco anos…muda a ideia de tempo, ainda mais num mundo ligeiro como o nosso. E as andorinhas…ah, nossa… você arrematou.
Por isso escolhi aquela foto: um garotinho lindo, segurando um pão maior que ele, com aquele sorriso, correndo… ganhando o mundo… leve…
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Muito bom, quando o poeta te dá na cara desse jeito. Abrir a mente só um pouquinho pra variar.
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As possibilidades….
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Será que é o que sentimos???
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Sentimos e não “vemos”?
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Me parece que este é o caminho….
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Eu acho que o Willy Ronis se encaixa na última frase. 😉
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Não o conhecia. Pesquisei. Muito massa, Miau. Concordo contigo.
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