Otto Winck
A minha voz
– folha seca, passarinho –
voando na voragem vã do vento,
quer repouso,
quer silêncio.
A minha voz quer ser pedra
(no meio de todos os caminhos),
quer ser bronze, raiz, altar, cimento,
mesmo sendo tolice,
mesmo sabendo que será pó do mesmo jeito.
É por isso que ela,
cansada no ar,
no vento
e no céu,
cai
de
boca
e
sangra
– na superfície branca do papel.
Legal Mana. Beijos
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Otto, meu colega de trabalho.
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Que massa! Fui ao Sesc Paço ver uma exposição. Deparei-me com um “pacote de poesia” dele. Foi um prazer conhecê-lo! Beijão, Ewerton. Obrigada.
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